18 de julho de 2012

Dama de Vermelho

A Dama de vermelho paralisou meus sentidos,
Imprimindo todos os tons lascivos, 
Devassos...
O ruge encarnado de seus lábios felinos, 
Olhos expostos,
Desagrilhoam todos os pecados,
Corpo inflamado, 
Expõe a alma, a tudo que tem de sagrado...
Sacrifica todos os desejos,
Tomando meu corpo rendido,
Ora contrito, na compassiva espera
Do explicito destino...
Emergindo, domina a fera
Que suspirando espera, 
Rugir sem mordaças o colérico
Grito do inusitado prazer,
Destino inevitável do sublime,
Coração e corpo repleto dele,
Pulsa o inteiro ser carnal, 
Na completude que liberta
O doce vôo, 
Do seu eu Mulher...

William José Carlos Marmonti


Casaco Vermelho de Pele Sintética
                     

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